Da escola ao campo.

      No Quarto Azul, fala-se sobre a adolescência, escolhas de vida e a dificuldade em dizer «não» a certas coisas, quando se sai em grupo


      Para alguns a vida rural pode fazer alguma confusão, mas João J. aponta-a como a mais saudável. Não é que nunca tenha saído à noite ou que a vida citadina seja um mistério por decifrar para ele. A sua vida foi igual à de qualquer outro jovem: frequentou a escola, divertiu-se com os amigos, saiu para bares e discotecas, mas isso não o cativou. Se ele cumpria com os horários, sempre responsável, reparava que os colegas não tinham o mesmo cuidado. «Sempre fui muito observador», diz. Cleide, Miguel e João M. ouvem-no com atenção.Cleide está especialmente conversadora hoje. Deitada ao lado do concorrente de Proença-a-Nova, fala sobre a sua adolescência, rebelde mas não em demasia. A mãe sempre se preocupou com ela, como é óbvio, mas ela teve a liberdade de que precisava e «uma educação exemplar». Nunca prejudicou os estudos por gostar de sair.

      O tabaco, tão cobiçado na Casa, e o álcool vêm inevitavelmente à baila: os pais de João J. sempre lhe disseram para pensar por si próprio, que isso seria suficiente para garantir que chegava a casa são e salvo, mesmo depois de uma noite de farra. Recorda as suas palavras: «Ninguém é má companhia para ninguém, cada um é que tem que puxar pela cabeça».

      Miguel acha que pertencer a um grupo é sempre ser influenciado e, não raras vezes, fazer coisas que não se faria noutra situação só para poder pertencer. Mas para João J. essa amizade nem sempre significa que se esteja protegido. Ainda se lembra de ver um ou outro colega ser gozado por estar embriagado e pensar: e se fosse ele naquela situação?

      Os concorrentes falam sobre as suas escolhas, sobre o que fizeram e deixaram por fazer nesses momentos que tantos os moldaram e os tornaram no que são hoje. Pela vida fora e agora em jogo, as decisões continuam. Será que vão tomar as certas?

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